30.12.16

Sinto-me uma daquelas pessoas de negócios importantes

ou esta coisa de poder usar o computador num avião e ter internet é mesmo fixe.

29.12.16

Uma coisa importante que aprendi em 2016

Ter coragem de fazer mudanças.

2016

o ano em que vi um filme para cada semana do ano.

27.12.16

22.12.16

17 coisas sobre mim antes de começar 2017

1. as minhas sobrancelhas crescem sempre de forma descontrolada e só ficam bem nas mãos de quem sabe bem o que faz.
2. adoro pôr roupa a lavar e dobrar a roupa depois de seca. não gosto nada de estendê-la.
3. adoro arrumar a loiça suja na máquina da loiça. detesto arrumar a loiça lavada nos armários.
4. é muito raro espirrar mais do que uma vez de seguida.
5. embora tenha um dos nomes mais comuns de sempre, não tenho nenhuma amiga com o mesmo nome que eu. de facto, é super raro conhecer alguém com o mesmo nome.
6. desde que saí de portugal muitas vezes penso primeiro em inglês e depois em português.
7. gosto mais de morar em sítios calmos e sossegados onde não se passa nada do que no meio de grandes cidades movimentadas.
8. ainda nunca tive coragem de conduzir um carro com o volante do lado direito. tentei uma vez no bairro onde morava e achei aquilo tão esquisito que me senti como na primeira aula de condução e desde aí acho que pôr-me ao volante dum carro no lado errado da estrada não iria correr bem e que iria provavelmente causar um acidente.
9. não tenho música no telemóvel. em vez disso, uso o meu mp3 da creative que tem 1gb de memória e deve ter uns 10 anos. usa uma pilha aaa e funciona lindamente.
10. não gosto de ver televisão às escuras. na verdade, não gosto de estar em sítios pouco iluminados e quando isso acontece começo logo a ficar com sono.
11. odeio quando as pessoas arrotam à mesa.
12. adoro embrulhar coisas em papel de embrulho mas não tenho jeito nenhum para o fazer.
13. adoro o conceito de beber chá. acho super bonito e relaxante. no entanto não posso com o sabor nem com o cheiro de nenhum chá.
14. eventos sociais em geral deixam-me, mais do que desconfortável, aborrecida. gosto de falar com pessoas e estar com pessoas mas não gosto de o fazer com muitas pessoas ao mesmo tempo nem em sítios movimentados e barulhentos. prefiro estar sossegada em qualquer sítio com duas ou três pessoas e está bom.
15. não consigo andar descalça em casa. nem só de meias. ando sempre de pantufas com meias ou de chinelos de borracha sem meias.
16. quando escrevo, agarro na caneta com quatro dedos e não apenas com três como é habitual.
17. não consigo usar a mala no ombro esquerdo. sempre que tento, sinto que tenho de andar inclinada para a mala não escorregar. é-me fisicamente impossível andar direita e manter a mala nesse ombro. não sei como é que há pessoas que o fazem mas acho sinceramente que é um talento.

Podes tirar o verniz vermelho da miúda, mas nunca tirarás a miúda do verniz vermelho

pintei hoje as unhas de vermelho pela primeira vez em sei lá quantas semanas. se eu não tinha ainda razões suficientes para gostar destas férias forçadas, acabei de arranjar mais uma.

20.12.16

It's finally here!

Current life status

numa espécie de férias que sabem mesmo bem.

11.12.16

Happy kid

já chegaraaaaaaaaaaam.

Domingo

já não estou habituada a esta coisa dos fins de semana terem só dois dias.

3.12.16

My heart is a mess

aqueles filmes que te deixam a pensar no verdadeiro significado da vida e fazem com que te sintas um farrapo.

29.11.16

20.

Eu percebo que precises de andar de um lado para o outro com o bebé ao colo para ele adormecer, mas fazer isso durante o serviço quando um dos tripulantes tem de andar para trás e para a frente na cabine a recolher coisas do forno, mais bebidas, gelo, encher o jarro de água, pôr coisas no forno e por aí, é só irritante. Não só para nós mas para ti também, que vais ter de te desviar no nosso caminho cada vez que precisamos de passar. E acredita, há voos em que passamos duas horas a precisar de passar. Tens mesmo a certeza que queres fazer isso agora? Diria que tinhas percebido que não era uma boa altura ao fim da sexta vez que tiveste de te desviar.

28.11.16

19.

O timing é uma coisa muito importante: se estou a servir bebidas, não me entregues lixo; se estou a recolher lixo, não esperes que tenha aqui uma água ou um sumo para ti.

27.11.16

18.

Digam todos comigo: malas grandes nos compartimentos superiores; casacos, sacos de duty free, mochilas, malas de crianças e tralha em geral por baixo do assento à vossa frente.

26.11.16

A felicidade tem muitas formas






a stabilo lançou uma nova gama de highlighters boss original com cores pastel. é um de cada se faz favor.

17.

Ainda sobre as casas de banho: mas porque é que o caixote do lixo para os papeis das mãos haveria de ser por trás do papel higiénico????? Ou a história de como, quando fazemos a verificação das casas de banho, se encontra lixo nos mais recônditos lugares, já estamos habituados a isso, mas a sério, atrás dos rolos do papel higiénico??? Não consigo mesmo perceber esse raciocínio.

25.11.16

17:28h

estou sentada no sofá de pijama com o computador no colo. adoro esta coisa das férias.

Mas o que é que tu foste fazer blogger?

esta nova versão do blogger está péssima. tragam a página inicial de volta, por favor.

16.

A casa de banho de um avião serve muitos propósitos. Para além dos óbvios, é também o sítio onde arrumamos os sacos do lixo antes de aterrarmos. Por vezes os sacos têm buracos o que faz com que o molho de lixo (sim) se acumule no chão. Para além disso, não sei se as pessoas ficam nervosas ao usar a casa de banho de um avião ou se simplesmente têm falta de pontaria, mas eu diria que metade das pessoas não acerta onde devia acertar. Agora, tens mesmo a certeza que queres entrar nessa casa de banho descalço?! Sem meias sequer?! E deixar a tua criança entrar igualmente descalça?! Há pessoas que gostam de viver no limite.

24.11.16

15.

Não serve de nada ires para dentro do avião reclamar connosco porque te ficaram com "base da channel que foi caríssima e estava praticamente nova" na segurança do aeroporto porque, e agora pensa lá bem, mostraste o teu bilhete a alguém na segurança? Não pois não? Isso é porque aquelas regras são regras in-ter-na-ci-o-nais de segurança. Por isso a discussão do nunca mais voo nesta companhia porque me ficaram com a base da channel que foi caríssima e estava praticamente nova é inútil porque a única pessoa que pode fazer alguma coisa por isso és tu e o que podes fazer é tão simples: não levar líquidos superiores a 100 ml na bagagem de mão. A sério, não vai passar na segurança. A sério. Podes confiar. Não vai mesmo. Não interessa se pões na parte de cima da mala, no fundo, no meio, enrolado na camisola de malha ou nas cuecas, não vai passar, a tua mala vai apitar, vais ter de ser revistado e as embalagens com mais de 100 ml vão ficar para trás.

23.11.16

14.

Dentro de um avião as coisas funcionam mais ou menos assim: ou fazem o que os assistentes de bordo dizem ou nós vamos aterrar o avião com a polícia à espera. E isso é chato para toda a gente: para os outros passageiros porque não podem sair do avião antes da polícia vir resolver a situação e porque podemos ter tido necessidade de aterrar noutro aeroporto e não no aeroporto de destino, o que causa muitos atrasos e ninguém gosta de atrasos; para nós porque a seguir vamos ter uma pilha de relatórios para preencher; e para ti, porque vais preso no momento e isso pode interferir com outros planos que tenhas para a tua vida. Por isso aquelas pseudo-discussões do e se eu não quiser fazer isso? E se eu não quiser voltar para o meu lugar? E se eu acender mesmo este cigarro? são muito despropositadas. Ninguém te vai bater mas quer dizer, tens mesmo a certeza que queres ir por aí?

22.11.16

That time of the year

13.

Deixar as criancinhas brincar com a campainha de chamada só é giro para a própria criancinha. Todos os outros passageiros não estão interessados em ouvir um "ding" a cada dez segundos (já chega os que são propositados) e para nós não é um bom exercício para o coração ficar na dúvida se é só uma criancinha a brincar com o botão ou se está a haver uma emergência médica a bordo. Por isso, por favor, controlem as crianças.

21.11.16

12.

À semelhança de muitos outros sítios (e não digo todos porque pode haver alguma cultura que o faça de forma diferente mas deve andar perto da totalidade), se o símbolo na porta da casa de banho está vermelho em vez de verde então sim, é porque está alguém lá dentro. Nem consigo perceber qual é mesmo a dúvida.

20.11.16

Pessoas que mandam nestas coisas,

eu volto a dizer: isto de estar um frio de rachar só tem piada se nevar ok. estarem seis graus negativos só porque não tem interesse nenhum, nenhum.

Up since 3:30am

estou quase pronta para almoçar.

11.

Eu sei que estamos num avião e às vezes os assistentes de bordo são confundidos com super heróis e pensa-se que têm poderes mágicos, mas continuamos a ter só uma cabeça e duas mãos por isso se já estamos a atender outra pessoa, porque raio é que alguém haveria de começar a fazer outro pedido ao mesmo tempo e que, por sinal, é só o pedido mais complexo da história?! Aguardem simplesmente a vossa vez tal como fazem em-qualquer-outro-lugar.

19.11.16

Visualização

se houvesse uma cor para cada sentimento, qual era a cor da nostalgia?

A conclusão que ninguém quer atingir:

mais coisas para transportar do que espaço nas malas.

10.

Não faço ideia quantos quilos pesa um dos tróleis de metal que usamos para fazer os serviços durante os voos, mas serão com certeza mais do que muitos. Por isso agora pergunto eu: o que é que estão exatamente à espera que nós façamos quando decidem ir à casa de banho durante o serviço e depois não conseguem voltar para o lugar porque temos o trólei no corredor? Que o levantemos para passarem por baixo?! E lamento informar, mas neste caso mesmo que peçam para voltar para o lugar se faz favor, continua a não haver nada que nós possamos fazer para vos deixar passar, a não ser andar com o trólei para trás e para a frente. E isso é ok se o fizermos duas ou três vezes mas estar constantemente a fazer o mesmo torna-se ridículo porque assim mais valia simplesmente cancelarmos o serviço porque estamos a desfilar mais do que a servir. Então se queres mesmo ir à casa de banho durante o serviço, então a seguir aguenta-te à espera. Há muitas pessoas que o fazem por isso tu também consegues!

18.11.16

Behind the scenes




'You bring the tissues, we'll bring the feelings'

foi assim que a abc anunciou no instagram a saída do último episódio da mid season de grey's. e oh, tinham toda a razão.

9.

Durmam descansados e tranquilizem as vossas almas: as portas/saídas de emergência de um avião não podem ser abertas durante um voo, mesmo que alguém queira muito. As portas são todas trancadas pela diferença de pressão entre o interior e o exterior do avião.

A temperatura ambiente dentro desta casa está tão fria mas tão fria mas tão fria...

... que eu tirei o leite do frigorífico e ele arrefeceu.

E aposto que as pessoas em portugal dizem coisas como está tanto frio que não consigo pensar

 

Imenso frio. Imensa fome.


Isso é tão errado...

Há um casal na minha faculdade que se auto intitula ticas&necas e fazem questão de usar isso como hashtag em todas as fotos que partilham.

Manganet, a pro a desenhar aviões de papel.


17.11.16

Descobri a christmas jumper perfeita

mas não comprei porque me armei em pessoa responsável que sabe que dentro de poucos dias vai ter de empurrar todos os seus pertences para dentro de duas malas e que o meu futuro eu irá agradecer ao meu presente eu por ter poupado aqueles centímetros cúbicos de espaço.

Razões pelas quais roxo é uma das minhas cores preferidas:

já olharam para as tabletes da milka?

8.

Lamento ser portadora de más notícias, mas aquilo que se vê nos filmes em que as pessoas vão ao porão durante o voo e têm lá armas escondidas e envolvem-se em grandes lutas sem ninguém dar por isso, é tudo mentira. É completamente impossível aceder ao porão de um avião durante o voo pela simples razão de que a única porta é do lado de fora! Por isso não, não "podemos chegar-lhe a sua mala que está no porão porque se esqueceu de tirar o livro".

Sério

há pessoas que têm voz de professor de matemática.

Wowow

passei todo o dia - ainda mesmo antes de sair para trabalhar - a querer sair para trabalhar, trabalhar rápido e voltar para casa para começar rapidamente as minhas folgas. roll on the days off.

16.11.16

Sou a minha melhor leitora

já faz parte da rotina: acordar e ir ler ao blogue o próximo capítulo do guia sobre aviação.

7.

Ainda relacionado com o ponto anterior, é muito raro, muito muito muiiiiito raro mandarmos malas para o porão porque "não há mais espaço na cabine". As malas que tiramos são as que são maiores que deviam ser e que das duas uma: ou ocupam dois espaços porque têm de estar de lado, ou não deixam a tampa do hatbin fechar. Por isso se queres garantir que a tua mala não é expulsa de dentro do avião, simplesmente leva uma mala dentro das dimensões permitidas e ninguém te chateia. Todas as companhias aéreas têm essa informação no respetivo site. Fica a dica.

The real struggle of the emigrant

- where are you coming from? -
do you mean where do i live and where i was before coming here or where was i raised?

15.11.16

Rede wifi desta casa, porque magoas meus sentimentos assim?

não consigo ver os vídeos do youtube em hd sem que travem de dois em dois segundos.

Milka oreo

duas palavras e um problema tão grande.

Corações ao molho

a melhor playlist.

[é um link]

~~~



➽➤ mas o blogger agora faz coisas destas?‽


Supé-lua

fui a única pessoa que não a viu ontem? quando soube do assunto já estava eu deitada na cama e enroscada no meio dos cobertores todos, ainda ponderei pôr a cabeça de fora e tentar olhar para a janela à procura dela mas acho que adormeci enquanto fazia a ponderação.

Ahhh, a magia dos dias de stand-by em casa...


6.

"Ah mas se for a última pessoa a entrar provavelmente já não vai haver espaço para a minha mala". Verdade. Pode já não haver espaço. Mas acreditem, ninguém tem mais talento para "fazer espaço" do que nós. If you need any assistance just contract any member of the cabin crew. E nesse campo aconselho-vos a não entrar a matar e começar a exigir eu quero a minha mala dentro do avião porque eu quero e quero e quero e é bom que você faça e aconteça! porque isso é só o primeiro passo na direção do porão e isso é o point of no return que vocês não querem atingir. Sejam só simpáticos e utilizem frases como eu gostava muito que a minha mala ficasse aqui mas não estou a conseguir encontrar um espaço, será que me podia ajudar?. Acreditem, os assistentes de bordo são um bicho sensível.

14.11.16

5.

Se o voo tem lugares marcados, não há absolutamente nenhuma vantagem, repetido, nenhuma, zero, zerinho vantagens em começar a fazer uma fila na porta de embarque cinquenta minutos antes da hora de embarque. Entres em primeiro lugar ou entres em último, o teu lugar vai continuar lá vazio à tua espera.
Neste campo, existem dois tipos de pessoas: as que vão para a fila assim que chegam à porta de embarque e ficam lá meio século a marcar lugar; e as que chegam, olham à volta em busca de um lugar vazio e sentam-se durante uns minutos mas assim que o gate agent se aproxima do microfone para começar a fazer o anúncio de início de embarque, levantam-se em dois tempos e correm para a fila [não fosse ela fugir...]. Mais uma vez, não há necessidade nenhuma disso. Deixem-se lá estar sentadinhos a ler a vossa revista ou a scrollar pelo facebook e quando virem que já só há meia dúzia de pessoas na fila, aí sim, levantem-se e vão fazer o que sabem.

Um mundo onde tudo é possível

se eu fui capaz de desenhar isto então somos todos capazes de tudo.

13.11.16

A roupa na máquina de secar à minha espera

e o youtube nunca foi tão interessante.

Um ano nesta casa

e a lâmpada do candeeiro do meu quarto acabou de se fundir.

Há pessoas que fazem estas coisas e eu mal consigo espalhar a base de forma uniforme

Provavelmente o canal de youtube mais cromo de sempre

e não tivesse eu passado horas da minha vida a ver os vídeos desta pessoa.

4.

Quando antes de descolar ou aterrar passamos pela cabine a olhar para as pessoas sentadas, estamos a verificar muito mais coisas do que os cintos apertados. Long story short, estamos a verificar se os apoios de braço estão para baixo, costas dos acentos direitas, mesas para cima, preciana da janela aberta, malas que não estão a impedir a rápida circulação, lixo no chão e sim, cintos de segurança postos. Mais uma vez, fingir que têm o cinto posto quando na realidade está só por cima das pernas é só parvo. Se não querem apertar o cinto então não apertem, vocês é que batem com o focinho no banco da frente quando aterrarmos e o avião travar, não somos nós.

Quando me perguntam porque é que eu gosto do meu trabalho, a resposta podia muito bem ser é por pessoas assim

[durante o serviço de trolley]

can i get you anything sir? a coffee or a tea? no thanks, i'm ok, i'm a happy man thank you very much! ok, glad to know that you're a happy man! what about you? are you a happy lady? i am a very happy lady as well! good. the world needs more happy people, do yourself a favor and never stop being happy.

12.11.16

3.

Quando dizemos que uma coisa, seja comida ou outras tralhas, está esgotado naquele voo então essa coisa vai continuar a estar esgotada durante todo o voo. A sério que há pessoas que acham que vamos re-abastecer o avião no ar.

11.11.16

The feelings

o episódio desta semana de grey's foi especialmente aborrecido, mas aquele final valeu por tudo.

Sobre os estados unidos em geral e o trump em particular

em conversa com a minha irmã, chegámos à conclusão que as pessoas que votam no trump são provavelmente as mesmas que tentar colocar as malas de lado nos hatbins do avião: os idiotas.

Assustador

há sítios do mundo onde já neva como gente grande.

Boa vida

Estou há doze dias sem trabalhar. Amanhã estou de volta e não sei se ainda me lembro como é que se faz.

Da lida doméstica ou Espero que haja pessoas ainda mais esquisitas do que eu

gosto muito mais de pôr loiça suja na máquina de lavar do que de arrumar a loiça quando já está lavada.

2.

O sinal para os cintos de segurança não se acende só por causa da turbulência. Existem aproximadamente 1749462 motivos pelo qual ele pode estar ligado. E, curiosamente, seja qual for o motivo, toda a gente deve voltar para os lugares e sentar o rabo no banco. Se apertam o cinto ou não, isso já é com vocês. E não, não podem usar a casa de banho mesmo que "estejam tão aflitos que vão fazer xixi no lugar". Se tiveres mais de 4 anos, essa justificação é só parva.

10.11.16

Coisas esquisitas

há pessoas que dizem que não gostam de magia. como assim?

1.

Quando pedimos para ver o bilhete à entrada do avião, não nos interessa para nada saber qual é o vosso lugar. Nós só queremos garantir que estão no avião certo porque quer dizer, os aviões são todos iguais e embora o caminho entre o terminal e o avião seja o mais óbvio que se possa imaginar, mesmo assim há sempre alguém que consegue andar numa direção diferente das outras pessoas todas e entrar no avião errado. Não faço ideia como, mas sim, acontece. Por isso escusam de dizer "14E" em resposta ao nosso olá, bom dia e começar a andar porque isso, para além de ser ligeiramente má educação, não muda nada já que nós vamos sempre ter de olhar para o vosso bilhete. E sim, se for uma família de 23 pessoas precisamos de ver os 23 bilhetes.
E para além do mais, vamos lá pensar juntos: porque é que nós quereríamos saber qual é o vosso lugar? Têm noção que existem quase duzentas pessoas aqui dentro? Faz algum sentido que queiramos saber os lugares de toda a gente? Não. Lá está, é porque não queremos.

Para os curiosos, coisas que verificamos nos bilhetes: data, destino, número do voo e nacionalidade. Basicamente tudo o que está lá escrito exceto o lugar.

9.11.16

O guia sobre aviação que toda a gente devia ler antes de andar de avião pela primeira ou pela quinquagésima vez

um ano pode não ser muito tempo mas no mundo da aviação o tempo voa. [pausa para apreciar a piada].

ao longo destes [quase] doze meses tive a oportunidade de andar aos saltinhos pela europa enquanto apreciava o que a humanidade tem de melhor [quase que podia ser a descrição deste blogue. quase que foi]. e acreditem, meus caros, este assunto tem mais do que pano para mangas. aprendi mais sobre pessoas em geral e estupidez em particular ao longo destes meses do que em três anos de psicologia.
e assim, chega a vocês o guia sobre aviação que toda a gente devia ler antes de andar de avião pela primeira ou pela quinquagésima vez. uma lista na ótica do utilizador de como não se enervarem nem a vocês próprios nem aos assistentes de bordo que vos acompanham nessa aventura.

agora resta-me pedir-vos que apertem os cintos de segurança, coloquem as costas dos assentos na posição vertical e mantenham as persianas das janelas [e da mente] completamente abertas. podemos vir a experimentar alguma turbulência ao longo desta viagem mas, por favor, não entrem em pânico. em caso de descompressão da cabine das ideias, a caixa de comentários vai ajudar-vos a respirar melhor.

7.11.16

Sobre o que a humanidade tem de melhor

um ano neste mundo maravilhoso dos céus e não tão maravilhoso do costumer service e a melhor forma de resumir tudo o que aprendi é: as pessoas revelam o seu melhor [mas principalmente o seu pior] a 35 mil pés de altitude.

Uma certa dose de loucura, uma certa dose de aventura

decidi re-organizar as etiquetas deste blogue pela primeira vez desde o dia em que decidi etiquetar tudo.

Clássico

a pior coisa que se pode dizer a uma pessoa irritada é para ter calma.
eu estou calma, não me digas para ter calma!

5.11.16

Mas que calor é este?!

Andar de t-shirt na rua em novembro. Isto é normal ou sou só eu que claramente me tornei emigrante?!

4.11.16

Juro solenemente não mais reclamar dos serviços públicos em portugal*

eu costumava achar que os serviços públicos em portugal eram todos uma bela treta - e para dizer a verdade, são - mas senhores, acreditem ou não, toda a minha vida foi uma mentira! os serviços públicos em portugal são uma coisa tão jeitosinha que até traz lágrimas aos olhos! rápidos [mais ou menos], eficientes [nem sempre] mas despachados! uma pessoa vai ao sítio, discute um bocado com a pessoa do serviço [atenção, eu nunca disse que os serviços eram perfeitos e fáceis... a verdade é que a pessoa atrás do balcão tenta sempre complicar mais a situação do que o necessário... fico em crer que será a sua espécie de hobbie durante o horário de expediente - assim como eu também me divirto em fazer offload de malas da cabine]. enfim, os serviços em portugal são chatos, dão dores de cabeça, és ainda capaz de ficar em algumas filas bastante tempo à espera de ser atendido, tens a tal pessoa que só quer desajudar, e.t.e.c.e.t.e.r.a. por causa disto tudo, eu achava que aqui funcionava tudo muito mal... mas oh senhores, isso foi antes de eu tentar tratar de papeladas noutros países! é um pesadelo! não te dão nada, não está nada disponível, precisas de autorizações específicas para isto e para aquilo, precisas de 28582734 documentos de identificação diferentes... um demónio senhores, um demónio! ora, em portugal as coisas podem funcionar muito mal [porque funcionam] mas no fim de contas sais de lá com o que precisas. os documentos ficam prontos, assinas meia dúzia de papeis e sais de lá feliz. começo a achar que haviam de vir todos fazer um estágiosinho a portugal para aprender como é que se faz. e eu nunca pensei vir a dizer esta última frase.

* só em casos extremos, vá.

Sobre aquela coisa de dizer aos miúdos que lhes comeram os doces de halloween

acabei de ver o vídeo da pipoca com o mateus. mais um daqueles que dizem que estão tristes mas mesmo assim aceitam as desculpas e ainda dizem que gostam dos pais na mesma. a sério, acho isto um fenómeno. mas como é que estas pessoas conseguem ter crianças tão altruístas e que conseguem distinguir os sentimentos uns dos outros? como pessoas, como?! cada vez que vejo estes vídeos só me passam pela cabeça as imagens de eu um dia dizer isso a um filho meu e a criança começar a espernear que não gosta mais de mim. acho que mais depressa ficava eu traumatizada com essa brincadeira do que a criança, é.
Sexta feira é sinónimo de felicidade.

3.11.16

Quando falta uma pessoa no teu voo e tens de esperar aqueles minutos extra enquanto ela corre [ou não] pelo aeroporto

Time goes by so slowly... Time goes by so slowly... Time goes by so slowly... Time goes by so slowly... Time goes by so slowly... Time goes by so slowly. (...) I'm fed up, I'm tired of waiting on you. Time goes by so slowly for those who wait, no time to hesitate. Those who run seem to have all the fun. I'm caught up, I don't know what to do. Time goes by so slowly... Time goes by so slowly... Time goes by so slowly... I don't know what to do. (...) Tick tick tock it's a quarter to two and I'm done, I'm hanging up on you! I can't keep on waiting for you. I know that you're still hesitating... Don't cry for me 'cause I'll find my way. You'll wake up one day but it'll be too late...

2.11.16

Coisas chatas

blogues com publicidade em tudo o que é canto.

Egocentrismo: sim ou não?

o Halloween é uma das minhas datas festivas preferidas. Isto poderá eventualmente estar relacionado com o facto de fazer anos nesse dia.

31.10.16

Estas paredes cor de rosa, perdão, as minhas paredes cor de rosa, parte oito

na escola ensinaram-nos que devíamos escrever histórias com princípio, meio e fim. cabeça, tronco e membros. então perdoem-me porque o final desta história não me é conhecido ainda. mas sei que brevemente estas paredes cor de rosa vão deixar de ser minhas. sei que, brevemente, esta casa não mais será a minha casa. e sei que, brevemente, eu vou perder um bocadinho do mundo porque vou perder esta cidade. tomar decisões nunca foi comigo. eu tenho dificuldade até em escolher o que é que quero jantar, quanto mais o que é que quero fazer com a minha vida. tomar decisões é uma coisa que faz as minhas mãos transpirarem, a respiração acelerar e o meu humor ficar impossível. tomar decisões que tenham um grande potencial de mudar a minha vida, só agravam ainda mais esses sintomas.
exatamente há um ano atrás, quando soprava vinte e uma velas do meu bolo de aniversário, as minhas amigas do coração ofereceram-me um postal que - não me conhecessem elas tão bem - dizia a vida começa onde a tua zona de conforto acaba. esse postal está comigo desde o dia em que me fui embora. disseram-me elas que era um postal inspirador para momentos difíceis. desenganem-se já se estão a pensar que isso tornou a decisão mais fácil. uma ova é que tomou a decisão mais fácil. muita coisa boa vem das coisas fáceis. mas nada de fantástico. e às vezes o que nós precisamos é mesmo de qualquer coisa fantástica, ou com um enorme potencial de o ser, para dar a volta a tudo e pôr o mundo de pernas para o ar e fazer-te ficar acordada a noite toda a olhar para as estrelas no teto. eu não sei o que foi, talvez demasiada impulsividade - para variar - mas, naquele momento, não me apeteceu ignorar o que estava a pensar e o que a situação me fazia sentir. e então agarrei no telemóvel e respondi ao email. good evening, I'm very happy to accept your offer. e a seguir larguei o telemóvel e chorei. chorei porque esse foi o dia em que estas paredes cor de rosa deixaram de ser minhas. e caramba, se me tivessem dito isto há uns meses atrás eu tinha achado que estavam todos loucos, mas a verdade é esta: dificilmente vai haver uma cidade que signifique tanto para mim como esta, que me tenha dado tantas coisas como esta. e eu não anseio o momento da despedida.

parabéns manganet. a mim, aos meus vinte e dois, e a tudo o que esta cidade me deu. for better things to come.

Não é para me exibir nem nada mas

muitas vezes tenho a sensação de que num grupo até bastante grande de pessoas eu só a única que faz uso do cérebro que a biologia e a evolução me deram.

E se eu agora fosse idiota como os meus passageiros

chegava ao avião e começava a reclamar com a tripulação sobre o facto de ser inadmissível que esta companhia cobre pelas malas ao staff e ainda os fazer pagar por excesso de peso da bagagem, porque de facto é inadmissível. Mas felizmente eu sei que a culpa não é deles.

Para este Halloween

decidi ser um zombie e só dormi três horas para o efeito ser mais realista.

Sou oficialmente uma pessoa traumatizada

esta noite sonhei que um passageiro me tentava bater.

30.10.16

Estas paredes cor de rosa, perdão, as minhas paredes cor de rosa, parte sete

tudo mudou no dia em que, depois de uns dias em portugal, cheguei aqui e tinha um email à minha espera. o resto da história vocês já adivinham: de repente esqueci-me da parte do estar quieta e achei só mais uma tentativa também não pode fazer mal a ninguém. quando dei por mim tinha uma viagem marcada, já estava sentada no avião e passado o que me pareceu ser demasiado tempo, tinha uma camisa vestida e batom nos lábios e estava a fazer conversa de circunstância com um bando de desconhecidos. [essa parte da conversa de circunstância nunca foi o meu forte. fico sempre com a sensação que as outras pessoas dominam essa arte muito melhor do que eu]. mais uma vez dei por mim a voltar a esta cidade como se nada tivesse sido - ou pelo menos a tentar forçar-me a agir como se nada tivesse sido -, até que, mais uma vez, um email mudou tudo - ou quase tudo.

29.10.16

Estas paredes cor de rosa, perdão, as minhas paredes cor de rosa, parte seis

mas claro que não era tudo perfeito, ou não estaria a contar esta história.
rapidamente percebi que gostava do trabalho que fazia mas não da forma que o fazia. achava acho eu. na minha cabeça eu achava que as coisas podiam ser melhores, que havia tanto espaço por onde as coisas podiam melhorar. tantos e se que gritavam dentro de mim à espera duma resposta. e então eu, como pessoa inquieta que sempre fui, não consegui ignorar essa urgência que sentia em experimentar coisas novas. se já tinha conquistado esta parte, porque não conquistar o resto? porque não tentar? curiosamente todas as tentativas que fiz saíram falhadas. todas as restias de esperança que podia ter eram completamente atiradas para o chão quando ouvia mais um não. e então eu parei. pensei que se calhar não era a altura para isso. que, se calhar, as coisas não precisam de ser sempre para ontem. que, se calhar, não devia querer já conquistar o resto. que, se calhar, aqui era onde eu devia estar.

28.10.16

Trocas as voltas à vida e ela troca-te as voltas a ti

estava aqui a pensar como é que ia ocupar o resto do meu dia de stand by quando me apercebi que é sexta feira e sexta feira é significado de episódios novos.

'Tamos bem

entre trabalho, arrumações, malas, mudanças e - mais recentemente - papelada (muita papelada!) no outro dia consegui arranjar aquele tempinho precioso para tratar da juba. ora, assim muito resumidamente: existem aquelas pessoas que acham que o cabelo tem de ser pintado todos os meses porque depois começam a aparecer as raízes e beca beca siga de encher o cabelo de químicos todos os meses. depois existem as pessoas como eu (creio que somos uma espécie mais rara): eu não tenho um prazo nem uma data nem nada disso de quando devo pintar o cabelo. pinto-o quando me dá na gana. tão depressa acontece comprar a tinta deixá-la para ali dentro do armário semanas e semanas à espera que me dê na tola para a usar, como acontece ir à loja, escolher a cor e no próprio dia chegar a casa e pintar. tudo depende. depende do tempo (principalmente), do estado em que está o cabelo (limpo ou a precisar de ser lavado) mas, sobretudo, da paciência que tenho para o fazer, que a brincar a brincar isto ainda é um processo demorado. ora bem, desde que comecei a pintar o cabelo (há dois anos? três?) já experimentei muitas gamas diferentes de tinta (não necessariamente muitas marcas porque nisto do cabelo não arrisco e não é qualquer coisa que me serve). normalmente opto por loreal ou garnier. compro-as no supermercado (aqui na irlanda compro na boots) e pinto sozinha em casa, sem pinceis nem tigelas nem nada dessas coisas chatas e complicadas. normalmente vou sempre para os tons vermelhos e sigo a minha vida sobre o lema red hair, don't care. e o cabelo vermelhor é uma coisa que me faz feliz, somos muito felizes juntos. mas o cabelo vermelho também é uma coisa muito difícil de se conseguir, principalmente se tiverem uma quantidade de cabelo considerável (eu eu eu) e uma cor natural ali nos níveis mais escuros do castanho (eu eu eu). e essa é o principal motivo pelo qual eu passo a vida a saltitar entre as várias gamas de tinta. nas embalagens mostram aqueles vermelhos brilhantes e vivos (calma, também não quero ficar com o cabelo da cor de um semáforo) e dizem que são bons até para os cabelos mais escuros e depois uma pessoa vai para casa, trata do assunto, e era tudo mentira. tudo mentira. tramado. volta e meia lá encontro uma que funciona benzinho e mantenho-me fiel a essa gama mais umas quantas vezes e a coisa dá-se. ora, nesta minha última ida à boots, ia eu toda contente buscar a tinta que andava a usar destas últimas vezes (garnier nutrisse ultra color 5.62, para os curiosos) quando vejo lá em destaque esta nova gama da loreal com colour extender e 4958462820 tons diferentes de vermelho à escolha. o paraíso, portanto. escolhi o tom que me pareceu ficar ali mais ou menos no meio mas mais a puxar para o vermelho-fixe (rezando por tudo para não acertar no vermelho-semáforo) e lá vim embora acompanhada do meu novo pure ruby power. apliquei a tinta no cabelo como faço sempre mas desta vez decidi deixar atuar apenas o tempo que dizia nas instruções (meia hora), visto que na embalagem dizia que era uma cor forte e, mais uma vez, uma pessoa não queria parecer um semáforo, certo? certo. [note-se que normalmente, e pelos motivos capilares que já referi ali mais a cima, costumo deixar a tinta atuar durante umas dois ou três horas]. quando acabou o tempo e fui tomar duche, a cabine rapidamente virou local de um triplo homicídio, com as paredes a escorrer o que parecia ser sangue e as portas de vidro com os salpicos provenientes de enterrar e desenterrar a faca na vítima. um horror mas que, felizmente, saiu tudo rapidamente com água sem ser preciso andar a esfregar. sequei o cabelo com a toalha e depois com o secador e senhores estou rendidíssima! um vermelho daqueles que dizem olha para mim, sou mesmo vermelho mas não te deixa na dúvida se tens de parar o carro ou não. já para não falar que o cabelo continua suave e brilhante como sempre foi. rendidíssima. dentro da embalagem vinha ainda a nova "tecnologia" de colour extender que basicamente é um creme que é suposto aplicar no cabelo ao fim de três e de seis semanas e que ajudará o vermelho-bonito a manter-se como se quer. quando testar isso volto com um feedback. não que eu ache que alguém vá ter paciência para ler esta publicação até ao fim mas 1) acredito fielmente que as boas coisas devem ser partilhadas e 2) este blogue é meu e eu faço o que eu quiser.


Estas paredes cor de rosa, perdão, as minhas paredes cor de rosa, parte cinco

e depois, como em tudo, houve aquele dia em que cheguei aqui e soube-me bem estar de volta. o cheiro do quarto. o barulho da cama. a forma das almofadas. nesse dia achei que estava onde queria estar. na altura não o interpretei dessa forma, mas agora, olhando para trás, sei que foi esse o dia em que estas paredes cor de rosa se tornaram as minhas paredes cor de rosa. continuei sempre a não sair tanto deste quarto como se calhar devia. mas agora já não era por a realidade ser demasiado pesada para a suportar, agora ficava porque sabia bem. sabia bem saber que, dentro destas paredes, eu tinha construído algo meu. tudo aqui tinha um significado para mim. era o meu mundo. o meu canto. o meu sítio. e agora eu pertencia aqui.

27.10.16

Estas paredes cor de rosa, perdão, as minhas paredes cor de rosa, parte quatro

e eventualmente a realidade deixou de ser tão difícil de suportar. as lágrimas secaram e o pânico desta cidade tão tão longe de tudo o que eu conhecia encontrou um lugar sossegado dentro de mim. disse-o várias vezes: foi o inverno mais frio da minha vida. embora estivesse bastante frio lá fora, isso era só um pormenor desse inverno. mas foi nessa altura, no decorrer desses dias em que a realidade se tornou mais simpática, que eu percebi que, mesmo o inverno mais frio, ia chegar ao fim. e chegou. aos poucos o inverno foi acabando. tanto lá fora como cá dentro. e eu descobri que as paredes cor de rosa também me sabiam sorrir. que a minha manta também dava abraços quentinhos. desde essa altura e até começar a achar que este quarto me sabia a casa ainda se passaram muitos meses. longos meses. por essa altura era uma tortura voltar a casa, à casa onde sempre vivi. quanto mais lá ia, mais queria ficar e menos queria voltar. quanto mais lá ia mais percebia que devia ter ficado aqui. lembro-me de sentir que era como se não pertencesse a lado nenhum. aquele não era mais o meu espaço e constatar isso doía como se tivesse engolido um pedaço de carne demasiado grande, que magoa enquanto desce devagar pela traqueia. mas este também não era o meu espaço. este era só o sítio onde eu estava.

26.10.16

Ups

ia só comer um bocadinho de gelado mas comi todo.

Estas paredes cor de rosa, perdão, as minhas paredes cor de rosa, parte três

a primeira noite foi um desafio. as minhas malas pesavam à volta de trinta quilos cada uma e tive de subir dois andares com elas. precisava de dormir e não havia tempo para lavar os lençóis. dormir numa cama com lençóis por lavar foi provavelmente o maior desafio que tive de superar nessa semana. foi difícil mudar de casa enquanto trabalhava. sem dias de folga e com menos horas de sono do que as desejadas, era difícil conseguir realmente fazer a mudança. acho que me deve ter levado umas duas ou três semanas até conseguir esvaziar as malas e tirá-las do chão do quarto. o resto foi um processo gradual. levou meses até este quarto me saber a casa. as paredes cor de rosa olhavam para mim com um ar frio e, embora estivesse contente por termos conseguido a casa que queríamos, eu não queria estar aqui. sair de casa para ir trabalhar naquilo que durante tantos anos tinha esperado deixava-me empolgada. à noite, quando voltava a casa e me deitava, as paredes cor de rosa faziam a barriga doer. já o disse uma vez: estas paredes viram muitas lágrimas nos primeiros tempos. estas almofadas abafaram muitos gritos mudos e esta manta protegeu-me do papão debaixo da cama. embora me custe pensar sobre o assunto e, principalmente recordar essa altura, a verdade é que houve uns quantos dias - não muitos, felizmente - em que a realidade era demasiado triste para sequer ponderar sair da cama e enfrentá-la. e então eu fiquei. fiquei na cama dias inteiros a ouvir o vento uivar lá fora.

25.10.16

Estas paredes cor de rosa, perdão, as minhas paredes cor de rosa, parte dois

e a festa que se seguiu. os saltos e os gritos no meio da cozinha. o coração a bater mais depressa. a casa era nossa. a casa. o resto da noite e o dia seguinte foram um desenrolar rápido de ações das quais não tenho qualquer recordação, afinal, finalmente tínhamos encontrado um sítio a que podíamos chamar nosso. o desafio seguinte foi a mudança. éramos quatro e entre nós contavam-se doze malas e mais uns quantos sacos. o corredor tornou-se demasiado pequeno com tantas malas. na verdade, tudo se tornou demasiado pequeno com tantas malas, principalmente a vontade de subir e descer escadas com elas. lembro-me do aperto de mão com o agente da casa e do momento em que eles nos passou a caneta para assinarmos o contrato. era oficial. estavamos em dezembro e estava um frio de rachar da rua. deixamos as malas todas no corredor [agora demasiado pequeno] e chamámos um táxi para ir ao centro comercial, que fechava dentro de duas horas. tínhamos duas horas para comprar tudo o que íamos precisar para sobreviver na primeira noite. duas horas mais tarde voltámos para casa, carregados de sacos, almofadas e edredons - umas quantas dezenas de euros mais pobres. e constatámos o que até aí tínhamos preferido ignorar: as malas não podiam ficar indefinidamente no corredor. ah, e constatámos também que estava na altura de tornar aquela casa a nossa casa.

24.10.16

Estas paredes cor de rosa, perdão, as minhas paredes cor de rosa, parte um

lembro-me do dia em que vimos esta casa pela primeira vez. de acharmos que a zona era um labirinto e que a estrada até aqui era assustadora. lembro-me de esperarmos ao frio pela hora da visita começar e para a porta se abrir. não me lembro ao certo quantas pessoas cá estavam mas lembro-me que a sala rapidamente se encheu, as portas abriam e fechavam, as pessoas subiam e desciam as escadas. lembro que quanto mais entravamos na casa, cada divisão que víamos, mais nós gostávamos dela. fomos embora e não nos calámos durante horas a falar sobre a casa. queríamos vir viver para aqui, estávamos completamente rendidos à casa. lembro-me daquela noite, sentados à mesa da cozinha da casa da senhora onde tínhamos alugado dois quartos, a comer cereais e a falar de quão stressante a procura de casa estava a ser. lembro-me do meu telefone ter vibrado em cima da mesa e de quando atendi, ouvi do outro lado hey, you can go grab the champagne, the house is yours.

Vou dizer assim

estou prestes a descobrir se as pessoas são idiotas e fazem coisas parvas só neste canto do mundo ou se nos outros também.

16.10.16

Faz-me aquela comichão no nariz

pessoas que andam por aí com os atacadores dos ténis despertados como se não fosse nada com elas.

14.10.16

A quantidade certa de almofadas

é todas as almofadas.

2.10.16

Estou com uma mão a escrever esta publicação e com a outra estou já a agarrar as coisas para fazer as malas

existe uma vila/aldeia/terra/coisa que se chama quinta do arroz doce. não digo mais nada.

Karev para presidente!


A melhor coisa que a televisão portuguesa fez nos últimos tempos

OS TELETUBBIES VOLTARAM A PASSAR NA SIC LOGO DE MANHÃZINHA!!!!!!!!!

[em maiúsculas, com um toque de histerismo]

vi o primeiro episódio nestes dias em que fui a terras lusas e oh senhores, se aqueles bichos não são a personalização do amor, então nada o é.

O ridículo da situação

foi preciso voltar a portugal, ao verão, para ficar constipada.

30.9.16

6967

Só damos valor ao facto de conseguirmos respirar pelas duas narinas quando uma delas fica entupida.

6966

a casa dos pais é este sítio mágico onde não é preciso verificar se as coisas no frigorífico estão dentro do prazo antes de as comer.

29.9.16

Disse o quê???

o continente já tinha coisas de papelaria giras mas giras e agora ainda foram abrir uma loja à parte só para a marca Note?! Ainda bem que entretanto já não vivo em Portugal...

28.9.16

Acabei de ver esta perdição no Instagram

Alguém que me diga já onde é que isto se arranja antes que me dê aqui uma coisinha.

Juro que preciso de um armário de snacks no meu quarto

a barriga a roncar e a cozinha demasiado longe.

The moves like jagger


o título disto também podia ser quando tentas fazer um daqueles vídeos mesmo fixes do youtube mas falhas.

27.9.16

O problema de ser uma pessoa arrumada

é que já está tudo arrumado e não há mais nada para arrumar.

Agarrem-me

estou há horas e horas a ver vídeos no youtube sobre organização e limpeza. claro que quantos mais vejo mais vontade me dá de também agarrar na câmara e fazer o mesmo.

16:35h

vida boa era quando podia pintar as unhas de cores mais interessantes para além de rosa e vermelho.

Às pessoas que continuam a partilhar aqueles vídeos dos aniversários de amizade do facebook:

não há necessidade, eles são todos iguais, só mudam as fotos. já todos vimos os vídeos, já todos conhecemos os vídeos, já ninguém precisa de mais.

24.9.16

Não quero parecer pechinchas mas...

... estou quase a fazer anos...

O outro lado do mundo *

[* o lado certo]

em maio deste ano [há já demasiado tempo] fui até ao outro lado do mundo. pouco tempo depois, mostrei-vos um vídeo de como é aquilo por lá. agora, ficam as fotografias, para matar deixar saudades e para, mais uma vez, comprovar que o outro lado do mundo é, claramente, o lado certo.





















Life lately

é claro que já vi grey's. foi uma boa introdução. fico no aguardo do desenrolar da ação.

20.9.16

A pessoa que sabia bem o que queria

[durante o boarding]

passageiro - bom dia, posso ter um café, um jornal e um lugar à janela?

A mala

[depois de aterrar em paris, durante o desembarque]

pessoa - olha desculpe, viu a minha mala?
manganet - a sua mala?
pessoa - sim, uma mala cor de laranja
m - não vi mala nenhuma por aqui. onde é que a deixou?
p - a sua colega levou-a lá para trás
m - então estará com certeza lá atrás, vá lá ver se não está
p - ok obrigado.

*a pessoa desaparece-me da frente. nisto parto do princípio que está a tentar chegar ao fundo da cabine. o desembarque termina passado algum tempo e começamos a fazer os checks*

colega - está aqui uma mala que ninguém levou...

ora, onde é que a pessoa foi? pois, eu também não percebi.

Grrrr

há dias em que parece que as pessoas idiotas se juntaram todas.

9.9.16

O segundo ano em que não tenho um regresso às aulas

e eu queria imenso comprar cadernos e canetas. que desculpa posso usar para isso?

3.9.16

Home standby

os meus colegas de casa estão no andar de baixo a cantar karaoke.

30.8.16

A melhor parte do dia

Encomendámos um aspirador novo hoje. Sinto-me como se estivesse à espera que a véspera de natal chegue para poder abrir os presentes quando na realidade estou só à espera que o venham entregar cá a casa.

Planos para amanhã:

não fazer nenhum.

22.7.16

« o agora é um comboio que para em todas as estações e apeadeiros. »
- pê

É por estas coisas que eu acho que era bem capaz de ser muito feliz nesta casa*

o meu quarto é tão longe da porta de casa que quando a campainha toca, se eu estiver a dormir com a porta fechada, não oiço nem acordo.

* não fossem alguns pormenores.

Se há coisa que gosto nesta terra

é que aqui os taxistas são [quase todos] muito simpáticos.

Há uns dias perguntaram-me se o verão é melhor aqui ou lá

na altura não soube o que responder. hoje, finalmente, descobri a resposta: o verão é mais verão lá, mas aqui, a vida no verão é mais fácil.

Quando tens demasiado tempo livre...



[outro título para esta publicação também podia ser caramba, sempre quis fazer uma coisa destas]

Coisas que eu não pensei vir a dizer tão cedo:

preciso de-ses-pe-ra-da-men-te de um aspirador novo.

19.7.16

Tanananaaaan

a publicação anterior combina duas etiquetas que nunca pensei ver juntas.

Li ontem no jornal que hoje ia ser o dia mais quente do ano aqui

ainda nem nove da manhã são e já estão vinte e dois graus, vinte e dois! É a loucura. Acordei com o meu quarto transformado numa pequena estufa.

16.7.16

Quando achas que já viste tudo

eis que vês uma pessoa sentar-se no chão da cabine, depois de se ter levantado imediatamente após a aterragem e ter sido feito o anúncio senhores passageiros, por favor permaneçam sentados, o avião ainda se encontra em movimento.

9.7.16

Culpo o trabalho

acabei de me aperceber que tenho nove batons, nove. Há pouco menos de um ano tinha zerinho.

6.7.16

Calma

se continuo a ver how to get away with murder a este ritmo chego ao fim da segunda temporada antes do fim do mês e aí é que fico oficialmente sem séries para ver até ao fim de setembro.

3.7.16

Vou só ali à cozinha

fazer aquela aveia básica antes de dormir.

Acabei grey's anatomy e criminal minds e não há nenhum filme que me apeteça ver*

voltei a dedicar-me a how to get away with murder. já me tinha esquecido que isto também era giro.

*mas no outro dia vi o bambi pela primeira vez em muiiiiiitos anos e pela primeira sem ter de saltar a parte do incêndio e concluí que aqueles animaisinhos são todos feitos de muito amor e quero um peluche de cada.

Hei!

na noite passada, os meus colegas de casa acharam que à uma da manhã é que era uma boa hora para terem uma conversa inter-quartos. não fosse o meu despertador tocar às três e nem me ralava.

1.7.16

O stress

sim, vi o jogo de portugal ontem quando já contava com mais de dezoito horas acordada e estava a ver que íamos desta para melhor - a seleção e eu.

30.6.16

Viva a preguiça

às vezes tenho saudades de vestir roupa de pessoa normal mas não tenho saudades nenhumas de ter de escolher o que vestir. É tão melhor não ter de perder nem trinta segundos a pensar no assunto.

23.6.16

Nem todos os passageiros são as piores pessoas do mundo

[aterramos de volta em dublin depois de termos sido chamados para fazer um voo de bristol com quase três horas de atraso. estávamos a desembarcar os passageiros quando uma senhora se vira para mim e diz:]

- thanks very much for coming. i've heard that you were called just to do this short flight so thank you very much for making the effort of leaving your house, getiting ready and coming to work just for us to be able to get where we need to get. if it wasn't for you we would probably be stuck in bristol so thank you, thank you so much.

"Acordar antes das 10h da manhã é equivalente a tortura"

não fui [só] eu que disse, foram mesmo as pessoas que publicaram no Nuffield Department of Clinical Neurosciences. mas a verdade é que eu já tinha chegado a esta conclusão há muitos e bons anos e, como em várias coisas na vida, se já se tivesse feito o que eu digo*, já eramos todos muito mais felizes.


 * quando eu for grande quero mandar!

22.6.16

"Deus castiga" - ou qualquer coisa desse género

nem cinco minutos tinham passado depois de eu ter feito o post sobre a luz da casa de banho quando vem a mim uma daquelas dores de barriga que só quem já comeu uma tablete inteira de chocolate de seguita sabe o que é.

Sobre a época de exames que não está a acontecer na minha vida

no outro dia, em conversa com uma amiga, ela sai-se com um tenho de estudar. como assim? as aulas ainda não acabaram? sim, já acabaram, mas faltam os exames.

cheguei à conclusão que é verdade, verdadíssima, confere, conferidíssimo: a nossa mente recalca os acontecimentos traumáticos que aconteceram na nossa vida. ou a história de como eu não me lembrei, nem por uma fração de segundo, que esta altura do ano é sinónimo de exames para 99% do meu círculo de amigos. assim de repente, quase me sinto a mãe deles todos. quase.

6926

entrei no blogger e tinha seis ou sete comentários à espera para serem aprovados. ainda mesmo antes de ter clicado para os ler já sabia que isso só podia significar uma coisa: a pê andou a fazer a sua ronda.

Perdoem-me, que pequei

deixei a luz da casa de banho acesa e só me apercebi disso quando me sentei. estou vai para meia hora a olhar para ela e a rogar pragas a mim mesma porque o ambiente não merece tal falta de respeito manganet maria, levanta-me esse rabo da cama e vai lá! mas o resto da história acho que já vocês adivinham.

21.6.16

Seis anos de blogue condensados em seis meses

junho de doismiledez
estava no fim do décimo ano. passava os dias com aqueles que eu achava que eram os meus melhores amigos para a vida. tinha um telemóvel nokia 6288. mudei pela primeira vez o nome ao blogue. andava a ler um livro da lesley pearse. a minha irmã tinha saído de casa algum tempo antes e o quarto dela estava inundado de tralha.

junho de doismileonze
a minha professora de inglês trouxe-me um postal de nova iorque. tinha um telemóvel nokia x2-03 cor de rosa. continuava com o projecto 365. estava a ler outro livro da lesley pearse. sofria com as obras dos meus vizinhos. houve um eclipse lunar total. andava a estudar para o exame de biologia e decidi não estudar para o exame de físico-química. dias mais tarde justifiquei isto dizendo que gosto tanto de físico-química como de leite quente. comprei o dispara-biscoitos.

junho de doismiledoze
tive a última aula de educação física de sempre, oh yeah. andava a seguir atentamente todos os jogos de portugal no euro. estava claramente em negação para começar a estudar para os exames. os meus vizinhos estavam a fazer obras outra vez. fui a londres pela primeira vez.

junho de doismiletreze
prestes a acabar o primeiro ano da faculdade, estava mais uma vez em negação para a época de exames. acabou o projecto 101 coisas em 1001 dias [na verdade tinha acabado em maio mas eu só me apercebi em junho]. passei no exame de código. andava ocupada a fazer bolos de aniversário e bonecos em pasta de açúcar. comecei as aulas de condução. houve um supé-lua.

junho de doismilecatorze
participei na caixa de palavras da pê. houve aquela febre dos eventos no facebook à qual eu, orgulhosamente, nunca aderi. comecei a missão um litro e meio. acabei de ver a primeira temporada de criminal minds. mostrei à pê [e ao mundo] como era possível remover o verniz só com um disco de algodão. pela primeira vez, meti-me num comboio para ir ter com ele.

junho de doismilequinze
perdi um avião pela primeira vez. estava a passar, pela última vez, pelo desgosto que é uma época de exames e, pela primeira vez, passei a todos na primeira fase. descrevi a minha vida como uma sucessão rápida de dias em que durmo a mais, seguidos de dias em que durmo a menos. comecei a ver how to get away with murder com ele.

junho de doismiledezasseis
está quase a fazer oito meses que saí de casa dos meus pais. há seis que moro em dublin. vou a portugal cerca de uma vez por mês e sempre que lá vou chego à mesma conclusão: lá é verão o ano inteiro. viver longe é difícil mas a independência é uma coisa boa. ele continuar a revelar-se, todos os dias, a pessoa certa. pela primeira vez desde que me lembro, não existe uma época de exames na minha vida. o trabalho não é perfeito mas gosto do que faço. descobri que, para as pessoas realmente importantes na nossa vida, a distância não muda nada.

Havia de ser assim mais vezes e eramos todos mais felizes

dos quatro habitantes desta casa, só cá estão dois. perfeito.

Lembram-se da parte em que eu disse que tinha pegado no computador para fazer umas coisas?

essas coisas continuam a não ter acontecido.

18:57h

precisava imenso que alguém me viesse trazer comida ao quarto.

Sabem o que ia mesmo bem agora?

salame caseiro. oh mããããããeeeeee.

Como uma criança feliz

acabei de lanchar pão com manteiga.

Viva a produtividade

agarrei no computador pronta para fazer coisas que estão em lista de espera há demasiados dias. quando dou por mim, estou a ler publicações da pipoca no ano de 2008. não me perguntem como é que vim aqui parar porque eu também não sei, mas isto é tão bom que só me faltam, de facto, as pipocas.

11.6.16

Não sei quando é que se deu esta mudança na minha vida

Mas a verdade é que ultimamente tenho pintado as unhas sem sujar um cantinho que seja dos dedos à volta.

3.6.16

A vida a uma hora qualquer - day 46


O ritual

cada vez que vejo anúncios de casa começo a ver casas que a minha carteira poderia pagar. concluo que não existe tal coisa, passo para ver casas que definitivamente a minha carteira nunca vai poder pagar mas são-tão-bonitinhas-que-não-resisto-a-ver-mais-fotos e termino a ver anúncios de estúdios e a perguntar-me porque é que não anunciam aquilo logo como sendo um cubículo.

2.6.16

Seja onde for

há poucas coisas que sabem melhor do que entrar para uma cama com lençóis lavados.

Aquelas pessoas que dizem que não sabem o que é quando a carne se separa da unha e a unha se separa da carne

dizem que não sabem o que é, nunca lhes aconteceu e não percebem como é que isso pode acontecer. Quem és tu e como é que consegues manter as tuas mãos tão seguras?

O mundo pelos olhos da Manganet #6 (o outro lado do mundo)

já o tinha dito: estas férias foram boas para mim. foi o realizar de muitas coisas que há muito tempo queria fazer como uma viagem longa de avião, sair da europa e, especialmente, ir a um daqueles destinos paradisíacos com praias com água azul e areia branca. então, um voo da qatar airways levou-me até à ásia para passar uma semana a banhos no oceano índico. esta é a história dos meus dias de dolce far niente nas maldivas.

"watch out for that signal when life as you know it ends"

estou-me lentamente a tornar numa pessoa que gosta de pôr o edredon dentro da capa, uma das coisas que sempre achei terrivelmente chatas.

Eu nunca disse que isto fazia sentido

adoro descascar legumes mas detesto descascar fruta. gosto muito mais de comer fruta do que legumes.

Razões para ser [mais] feliz

hoje está sol. é assim uma espécie de sol de inverno porque continua a estar demasiado frio para junho (!!!!). mas está sol e ver o sol deixa-me feliz.

Aos sábados* é dia de chocapic

*já se sabe que os meus dias da semana não estão mais em acordo com os dias do calendário.

A vida a uma hora qualquer - day 45

1.6.16

A vida a uma hora qualquer - day 44


Os fins de semana que começam a uma quarta feira ao final da tarde

e que te fazem sentir aquela leveza que vem do facto de não teres, finalmente, nada para fazer.

31.5.16

29.5.16

Estas férias foram boas para mim

voltei a ler lesley. quase me tinha esquecido de como aquilo é o melhor do mundo.

Sabes que o trabalho está a dar cabo de ti quando

as tuas refeições já não têm nomes. já não tens almoços nem jantares na tua vida. limitas-te a fazer refeições nos mais variados momentos do dia e chamas-lhe só hora da comida.

22.5.16

Sobre esta boa vida

sou muito mais feliz a sul. Quanto mais para sul, melhor. O hemisfério sul é agora o meu hemisfério preferido.

A vida a uma hora qualquer - day 40


A vida a uma hora qualquer - day 39


18.5.16

Viva o jetlag

São cinco da manhã e estou acordada pelo menos há uma hora super pronta para a vida.

Viva o jetlag

São cinco da manhã e estou acordada pelo menos há uma hora super pronta para a vida.

Viva o jetlag

São cinco da manhã e estou acordada pelo menos há uma hora super pronta para a vida.

16.5.16

Porque é que grey's é a melhor série?

A vida a uma hora qualquer - day 36


A sério que ainda é um realidade? Estamos em 2016...

blogues com música [pimba] que começa a tocar automaticamente.

A melhor parte de ter um blogue? ou Este blogue sabe-me a casa

em seis anos e meio, mais coisa menos coisa, este blogue já conheceu alguns amigos meus com os quais entretanto já não falo. uns porque a vida simplesmente acontece pelo menos, outros porque uma pessoa ganha juízo e aprende a deixar para trás a bagagem pesada; viu-me acabar o secundário e conheceu o drama, o pânico, o horror, o melhor da vida, que é ir para a faculdade; viu-me passar a ser uma miúda licenciada, embora que ainda sem o canudo na mão porque os serviços públicos funcionam muita bem; viu-me ganhar asas, mudar de casa, de cidade, de país. em seis anos e meio, mais coisa menos coisa, este blogue tem vindo a ver-me transformar-me, aos poucos, no melhor de mim.

10:49h

mas sou a única pessoa a achar que o novo logotipo do instagram é giro?

A parte mais difícil de viver numa casa com três andares

é mesmo a distância entre o meu quarto e a cozinha.

Mundo do trabalho

eventualmente tornas-te a cobaia para os trabalhos de mestrado das tuas amigas.

15.5.16

Esta não precisam de experimentar que já a experimentei eu

se algum dia estiverem a fazer sopa, se aperceberem que não têm azeite em casa e derem por vocês a questionar-se se um bocadinho de manteiga dará a coisa como safa, a resposta é não.

A vida a uma hora qualquer - day 35


Back on track

lembram-se daquela coisa do a vida às 14h? acabei de decidir que lhe vou dar uma segunda oportunidade. no entanto, visto que esta coisa de trabalhar por turnos tem muito que se lhe diga, vou chamar-lhe a vida a uma hora qualquer, já que não se torna possível ter sempre a mesma hora disponível.

Diz-me a que horas chegas e dir-te-ei quem és

acabei de me deparar com esta publicação de abril do ano passado.
fiquei uns cinco minutos a olhar para o ecrã do computador e a contemplar tal afirmação, feita por mim mesma há um ano atrás. interessante como agora, se me perguntassem se me considero uma pessoa pontual, eu continuaria a dizer que raramente o consigo ser, infelizmente. mas a verdade é que, atualmente, essa minha falta de pontualidade só se aplica às coisas pessoais, porque work related tornei-me incrivelmente pontual, sendo que incrivelmente é mesmo a palavra chave. fascinante. estou estupefacta.

Sobre este amor que é só nosso

meu amor,

há algum tempo que não te escrevo. pelo menos assim, de coração aberto e letras prontas. estar longe de ti é uma das coisas mais difíceis que me vejo obrigada a enfrentar no dia a dia. já sabemos: depois de uns dias juntos, os dias que se seguem são sempre os piores. mas a verdade é que as semanas que se seguem são sempre as piores. todos os dias sem ti são piores. pior ainda do que acordar com dor de cabeça, ter de ligar os despertador para as quatro da manhã ou encontrar uma aranha dentro do duche. os dias sem ti são os piores porque tu és, invariavelmente, a melhor parte do meu dia e sem ti os meus dias prolongam-se entre os vários tons de cinzento, reflexo do céu desta cidade que me faz estar tão - demasiado - longe de ti, de nós. ao longo deste inverno vi muitas vezes o sol a nascer: não por vontade própria mas porque os horários assim mo obrigam. e de todas as vezes em que via o céu passar de azul escuro a cor de laranja lembrava-me que nunca vi o nascer do sol contigo e de que essa é a tua altura do dia preferida. mas quando estou contigo não há despertador nenhum que me arranque dos teus braços a tempo do nascer do sol, não há nada que torne o meu dia melhor do que começá-lo enroscada no teu calor, tenho frio, aquece-me. tu, meu amor, és o meu cobertor preferido e o meu sítio preferido e és tantas outras coisas que as palavras nem sequer chegam para começar a descrever. e então, hoje apeteceu-me escrever-te para te dizer que tenho saudades tuas, que me fazes falta cá dentro, bem perto do coração. esta cidade é demasiado fria e cinzenta e os dias sem ti são os piores. mas viver a norte faz com que as minhas noites sejam cada vez mais curtas. o sol brilha [ou o que quer que seja que o sol faça nesta cidade - não acho que brilhar seja a palava mais correta] durante mais tempo e o bom tempo [ou o tempo menos mau] faz-me sempre lembrar de ti. de ti e de todos os passeios que não damos porque o teu abraço é[-me] demasiado confortável para sequer ponderar trocá-lo por qualquer outro sítio. fazes-me muita falta aqui.

14.5.16

Cô'licença

é hora de grey's.

Sobre esta coisa de trabalhar por turnos

toda a gente aos saltinhos porque é sábado e uma pessoa aqui a ansiar por terça feira.

Os serviços públicos no seu melhor

estou desde outubro à espera do diploma a dizer que tenho uma licenciatura. caramba, uma pessoa faz um curso e nem tem direito ao canudo, possas.

Disseram-me a mim

- you're one of the most beautiful portuguese girls that I've ever seen.

Sabes que bateste bem lá no fundo quando

às duas e um quarto da tarde de um sábado [!] já estás na cama pronta a dar o dia como terminado.